Pessoas com deficiência e a cibersegurança

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Fabio Sobiecki é analista de sistemas, formado pela Unopar e especialista em Segurança da Informação pelo Senac e possui MBA pela FGV. Desde 2004, trabalha com Segurança da Informação, entre 1998 e 2004, trabalhou com tecnologia da informação, na área de infraestrutura e redes de computadores. Fabio Sobiecki é certificado pelo (ISC) 2 como CISSP e CCSP, desde 2008 e 2017, respectivamente. Atualmente, ele é presidente do capítulo de São Paulo (ISC) 2 e é engenheiro de soluções na RSA.

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Por que precisamos atrair profissionais que sejam pessoas com deficiência para a área de cibersegurança?

Esta é uma pergunta que eu proponho hoje, no dia Internacional da Pessoa com Deficiência.

A data foi estipulada pelas Nações Unidas, para despertar nossa consciência, para a maior compreensão do tema e das dificuldades naturais que estas pessoas tem para se integrarem à sociedade e ao mercado de trabalho.

Felizmente, posso dizer que a área de cibersegurança é bem aberta para a contratação de pessoas com deficiência, por que boa parte do trabalho é feito de maneira intelectual e os computadores e tecnologias disponíveis facilitam o acesso das pessoas.

Mas ainda restam outras barreiras, como a da capacitação profissional além de mitos como o profissional com deficiência pode produzir menos.

Porquê a cibersegurança precisa de PCDs?

Respondendo à minha pergunta inicial, é importante que nós possamos incluir estas pessoas, e entender suas dificuldades, por que eles possuem uma visão diferente da nossa, no aspecto dos controles de segurança da informação.

Eu estive em um projeto de segurança, onde iríamos colocar uma ferramenta de autenticação muito utilizada, baseada em OTP; aqueles números que você recebe por e-mail ou SMS.

O time do cliente, além dos testes normais de funcionalidade e segurança incluiu testes de acessibilidade no projeto.

Esta inclusão dos testes, foi motivada por que um dos membros do time de segurança tem deficiência visual, e um controle de segurança não deveria ser um impedimento para que ele pudesse utilizar o Mobile Banking.

Trabalhamos na adaptação dos controles e outros pontos de atenção também foram encontrados.

Esta foi a primeira vez que vi, testes de acessibilidade dentro de um projeto de segurança e na minha opinião; que fantástico que estávamos fazendo isso!

Imaginem vocês, quantas pessoas deixamos de fora, quando pensamos em controles de segurança para garantir os três pilares de confidencialidade, disponibilidade e integridade.

Acredito que além da privacidade, devemos aumentar nossos pilares também para a acessiblidade.

E você, está fazendo um mundo mais seguro e acessível?

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